Talvez a grande maioria das pessoas firmam os seus valores e traçam os rumos de sua vida muito mais em função das influências externas do que pela busca de um espaço propriamente seu. Essa realidade na maioria das vezes não é algo determinado ao nível de uma consciência crítica, mas uma reação natural diante de experiências que se tornaram marcantes, especialmente quando negativas.
Hoje mesmo encontrei na rua um conhecido a quem não via há muitos anos. Ao convidá-lo para assistir a uma de nossas reuniões, ele alegou que sua vida tem sido quase que exclusivamente dedicada ao trabalho, pois como filho de pais pobres e separados, deseja construir um futuro diferente para a os seus filhos. Contudo, no decorrer da conversa ele acabou confessando que esse estilo de vida o tem tornado um pai ausente.
Ora, será que tendo passado pela experiência de ter um pai ausente, ele iria projetar para sua própria família o mesmo modelo? Ao nível racional, é lógico que não, contudo a experiência negativa das necessidades que vivenciou ao lado de sua mãe, fez com que ele colocasse os seus olhos unicamente na questão econômica e assim, mesmo encontrando muitas formas de justificar-se, não somente agora copia o modelo do pai, no sentido de sua omissão dentro do lar, como também torna-se um sério candidato à separação.
Não é estranho, que mesmo abominando a conduta de seu pai, ele acabe incorrendo nos mesmos erros? A explicação é lógica: As feridas que as experiências negativas produzem em nossas emoções, especialmente quando causadas pelos pais, acabam desencadeando uma série de reações que roubam a racionalidade e o equilíbrio das nossas próprias escolhas. Assim, ainda que desejando fazer exatamente o contrário daquilo que eles fizeram, acabamos trilhando um caminho semelhante.
Há poucos dias durante nosso culto dominical, ao olhar para as pessoas que estavam diante de mim, me dei conta que a grande maioria nós, pois eu também estava incluído entre elas, éramos filhos de pais alcoólatras. Naquela hora, fui tomado de grande alegria, por me dar conta de que nós representávamos concretamente o resultado da obra que Jesus veio realizar: “Disse, pois, Jesus aos Judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão e jamais fomos escravos de alguém; como dizes tu: Sereis livres? Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: Todo o que comete pecado é escravo do pecado. O escravo não fica sempre na casa; o filho sim, para sempre. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”. – João 8.31-36.
Uma das questões que impactou mais profundamente a minha vida quando conheci o Evangelho, foi saber que em Cristo eu era uma nova criatura. Sim, a partir da minha conversão, meu passado estava apagado, minhas feridas interiores começaram a ser curadas e, independentemente do impacto que os modelos positivos ou negativos haviam produzido em minha identidade, eu agora podia repensar a vida com isenção e clareza. Não existe maior glória do que conseguir dar esse salto para fora do círculo vicioso do pecado, onde nada mais há que possa nos obrigar a ser aquilo que de fato não queremos ser.
Prezado leitor: Foi fantástico, ali naquele culto, perceber que essa experiência não era somente minha. Diante dos meus olhos eu podia ver uma geração livre; pessoas capazes de projetar para si mesmas e para seus descendentes um futuro de bênção, bênção que, em Jesus, também está à sua disposição.
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!
Pr.Armando Paulo Castoldi
Pres. Assembléia Janz Team Brasil
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