Nunca poderei me esquecer de como desmontei meu pai com seis
palavras simples. Eu tinha 17 anos, e meu relacionamento com meu pai não era
nada bom. Isso, devido a vários acontecimentos em casa que haviam congelado
nossa amizade. Para ser bem honesto, havia perdido respeito por ele. Mas nada
justificava o que falei para ele.
Estávamos voltando de uma visita a
uma faculdade em que eu havia me interessado. Meu pai me acompanhou, e para a
surpresa de ambos nós, o tempo passou sem atritos.
Parecia que a "guerra
fria" estava descongelando. Foi então que ele virou-se para mim e falou,
"Filho, este tempo foi muito bom. Foi bom demais. Como gostei de estar com
você nestes dias." Sem pensar duas vezes, a amargura do meu coração
escapou com toda a gentileza de uma picada de cascavel: "Não foi tão
grande coisa, pai." Foi assim que o vento polar voltou mais uma vez,
matando os primeiros sinais da primavera, e o relacionamento pai-filho
regressou mais uma vez.
Você já reparou no poder das palavras
para fazer bem ou mal? Consegue se lembrar de uma vez em que você foi
desmontado por uma palavra desgraçada? Por outro lado, lembra-se de alguma vez
em que alguém falou uma palavra de encorajamento que mudou toda a sua
perspectiva de vida?
A Palavra de Deus nos adverte contra
a destruição causada pela língua. Ao mesmo tempo nos encoraja pelo potencial
que esta mesma língua tem para transmitir vida e graça para pessoas
desanimadas.
A morte e a vida estão no poder da
língua; o que bem a utiliza come do seu fruto. A língua serena é árvore de
vida, mas a perversa quebranta o espírito (Pv. 18:21, 15:4).
Precisamos reconhecer o poder das
palavras e, pela graça de Deus, começar a domá-las e canalizá-las para serem
instrumentos úteis nas mãos do Senhor. De todos os lugares onde este conselho é
sadio, nenhum é mais importante que o lar e o relacionamento pai-filho.
Certa vez um monge foi falar com seu
supervisor para confessar o pecado de fofoca.
"Pequei" ele disse,
"por espelhar um boato sobre fulano. O que posso fazer agora para acertar
a situação."
O líder daquele mosteiro olhou para
seu discípulo e deu a seguinte ordem: "Vá para as casas da nossa vila, e
coloque uma pena sobre o portal de cada casa. Depois volte para mim."
O jovem não entendeu, mas obedeceu.
No próximo dia voltou para seu chefe e disse,
"Fiz o que o senhor mandou.
Coloquei uma pena no portal de cada casa da vila. E agora, o que faço?"
"Agora volta, recolhe todas as penas e traga-as para mim" foi a
resposta.
"Mas seria impossível!"
exclamou o jovem monge. "Agora o vento já espelhou as penas para o mundo
inteiro!"
"Exatamente" respondeu o
ancião sábio. "É assim com as tuas palavras. Já se espalharam para o mundo
todo, e não há como recolhê-los. Vá, e não peque mais."
Quantas vezes eu já quis retirar uma
palavra desgraçada momentos depois que saiu da minha boca! Nunca consegui!
Aquela palavra caiu para terra como uma bomba nuclear, destruindo e matando. Às
vezes os resultados destrutivos continuaram durante muito tempo.
Provérbios nos alerta sobre este
poder fatal da língua:
As palavras dos perversos são
emboscadas para derramar sangue . . .(Pv. 12:6) Contar mentiras sobre outra
pessoa faz tanto mal a ela quanto bater-lhe com um machado, ferir seu corpo com
uma espada ou uma flecha bem aguda. (Pv.
25:18, Bíblia Viva) Como, então, desativar esta bomba entre nossos lábios? A
resposta bíblica é de pesar nossas palavras, pensar sobre nossas palavras, e
peneirar nossas palavras. Em outras palavras, falar pouco e falar bem o que
falamos:
Por nós mesmos isso será impossível.
Somos pecadores por natureza, e a tendência natural é de fofocar, resmungar,
criticar, xingar, blasfemar. Mas foi por isso que Jesus veio para este mundo--
para resgatar a língua do homem. Para fazer isso, precisava fazer um
transplante--não da nossa língua, mas do nosso coração, pois a língua só fala
do que o coração está cheio. A morte e a ressurreição de Jesus tiveram como
alvo transformar o coração daqueles que depositam sua confiança (fé) nele (e só
nele) para a vida eterna. O resultado deve ser uma transformação de vida, a
começar com as raízes (o coração) até o fruto (a língua)!
Shakespeare comentou, "Quando
palavras são raras, não são gastas em vão." Outro erudito disse,
"Homens sábios falam porque têm algo para dizer; tolos, porque gostariam
de falar algo." Um ditado filipino aconselha, "Na boca fechada, não
entra mosca." Os árabes oferecem esta jóia de sabedoria: "Tome cuidado
que sua língua não corte seu pescoço." Mas foi Salomão em Provérbios que
primeiro nos aconselhou,
No muito falar não falta
transgressão, mas o que modera os seus lábios é prudente (Pv. 10:19) Quem retém
as palavras possui o conhecimento, e o sereno de espírito é homem de inteligência.
Até o estulto, quando se cala, é tido por sábio, e o que cerra os lábios por
entendido. (Pv. 17:27,28)
Em outras palavras, é melhor fechar
sua boca e ser pensado um tolo, do que abrí-la, e tirar toda a dúvida!
Graças a Deus
que, anos mais tarde, Ele reconiliou meu relacionamento com meu pai. A
primavera voltou, pela graça de Deus. Mas foram muitos anos de inverno, gastos
a toa. Não entre "no frio". Cuide bem das suas palavras, jovem,
especialmente em casa, onde as máscaras tendem a cair. Deixe que Jesus viva sua
vida através de você. Afinal das contas, "A resposta branda desvia o
furor, mas a palavra dura suscita a ira." (Pr 15:1).
:) gostei do texto parabéns
ResponderExcluirObrigada Marcelo, venha sempre e se gostar,siga o blog
Excluirabr
Regina, AMEI ADOREI uau... o seu texto!
ResponderExcluirPor isso mesmo um dia ouvi uma dura realidade:
- Voce pode ouvir uma mentira que se parece uma verdade, assim como a verdade dita pode ser entendida como uma mentira!
Isso acontece com quem sabe manipular as pessoas, a fim de que confiem no que diz e desmoraliza uma terceira.
Voce me fez lembrar quando eu tinhas uns 10 anos, magricelinha, pequenininha, e com vozinha fininha, ao pedir que meu pai me ouvisse porque queria justiça. Ele me ouviu e jamais esqueci daquele dia. Porque tudo passou a ficar melhor para minha vida. É uma saudade que tenho dele, uma virtude que nem todos a tem.
Beijos
Si, meu ex marido teve uma época, creio eu que ele já estava com a outra me fez crer que a verdade era mentira e vice versa, foi quando surtei de vez e fui internada numa clínica psiquiátrica, mas foi bom meu internamento aprendi a lidar com pessoas do tipo dele....rsrsrs
Excluirbjus amada e foi bom te ver aqui!!
Muito bom o texto Regina. Adorei o seu blog, os textos, tudo!
ResponderExcluirIa colocar o banner no meu blog, ms tá gde demais. Vc não tem um banner menorzinho? Faço questão de divulgar por lá.
Bjss
o banner menor já está no blog e o seu tbm
Excluirbju
Re
Oi, Re!!
ResponderExcluirPrimeiro quero agradecer o comentário enriquecedor que fez no "Luz". Adorei!!
Seu texto faz refletir. Acho que os jovens são impulsivos e não medem as consequências. Muitas vezes, adultos agem por querer, com a finalidade de ferir.
A palavra tanto pode ser usada pra o bem quanto para o mal. As pessoas devem ficar atentas aos seus atos, pois o mal que proferem sempre se vira contra elas mesmas!
Vamos praticar o bem, falar coisas boas e pensar coisas boas. A lei da atração é poderosa!
Boa semana!! Beijus,
Oi Regina, que lindo seu texto! Estou seguindo agora seu blog e ficarei feliz se vocÊ visitar o meu, está tendo um SORTEIO de um brinde super fofo lá! Bjo
ResponderExcluirhttp://enquantomulher.blogspot.com.br/2012/08/sorteio.html
Se puder seguir meus blogs e minhas postagens, eu adoraria ! www.eudesdivulgações.tk la tem uma web radio na qual sou dono e locutor coloca o player no seu blog que eu divulgo ele gratis na radio...
ResponderExcluirMuito boa a mensagem... como diz uma frase: as palavras, assim como as abelhas, tem mel e ferrão... devemos exercitar mais o silêncio quando o que temos a dizer não é construtivo. Parabéns pelo blog, abraço!
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